É como se fosse uma "mesa de trabalho virtual" onde estão os ícones, menus e barras de tarefas - ou outra coisa que os substitua. No caso de sistemas operacionais que trabalhem apenas com texto, ainda temos a figura do ambiente, na forma de um determinado grupo de comandos que o usuário pode dar; a sintaxe (modo de escrever) desses comandos e as variáveis que afetam o modo como a máquina reage. Todos os sistemas operacionais para computação pessoal em que um humano precise interagir com o hardware precisam de um ambiente de usuário.
O ambiente define as regras de como usar o computador e onde estão as coisas nele, a saber: os programas com que as pessoas trabalham, os dados, documento e informações dessas pessoas e ainda a forma como vão manipular tudo isso. É nele também que estão as ferramentas básicas de administração, como a tela que configura a impressora ou a resolução do monitor.
Sistemas operacionais mais antigos, ou ainda os até hoje voltados para a infraestrutura das empresas, são operados por ambientes em modo texto. Dois exemplos são o shell usado no Unix e o Prompt de comando do antigo MS-DOS. Nesses ambientes, que muitos consideram primitivos, é preciso digitar comandos em texto para estimular o computador a fazer alguma coisa.
O Windows e o Mac OS X possuem ambientes gráficos - ou seja, na tela é apresentada uma imagem que leva os humanos a pensar que estão interagindo com objetos reais, visualmente reconhecíveis e manipuláveis. Esses dois sistemas operacionais possuem apenas um ambiente de usuário cada, exclusivos.
Neles, pode-se ter mais de um usuário cadastrado na mesma máquina, cada um podendo ajustar suas preferências e decorações da forma como melhor lhe aprouver, trocando cores, ícones e imagem de fundo de tela. Mas o ambiente de usuário, o software que mostra e administra tudo isso, é sempre o mesmo, impossível de ser substituído.
Há sistemas operacionais entretanto, que são abertos e modulares. Dois exemplos são o Linux e o FreeBSD. Para esses sistemas (na verdade, para qualquer variante do Unix) existem dezenas de ambientes diferentes, cada um com um jeito diverso de se fazer as coisas, dando ao usuário a opção de escolher o que mais lhe agrada.
O Gnome (www.gnome.org) é um destes ambientes, um dos dois principais e mais populares, conhecido por ser fácil de usar e pelo ciclo de desenvolvimento estável, com uma nova versão a cada seis meses. O Gnome 3.0, a ser lançado no fim de 2010, será a primeira "reforma geral" do Gnome desde a versão 2.0 em 2002.
Isto não quer dizer que ele está estagnado há sete anos: as mudanças e novidades acontecem de forma incremental, ao contrário do que acontece com o Windows ou o Mac OS X, por exemplo, onde a cada três ou quatro anos uma nova versão muda tudo de uma vez só.
Outro ambiente de usuário popular é o KDE (www.kde.org), que tem um paradigma parecido com o do Windows, com um "menu iniciar" e uma barra de tarefas. Até o relógio do sistema está na mesma posição. Mesmo com a semelhança, o KDE não é um mero clone e tem méritos próprios. Alguns de seus programas, como o cliente de emails Kmail e o tocador de mídia amaroK são concorrentes de peso para, por exemplo, o Outlook da Microsoft ou o iTunes da Apple.
Além de KDE e Gnome há muitos outros ambientes alternativos para o Unix e Linux, como o XFCE (xfce.org), o Enlightenment (enlightenment.org) e o WindowMaker/GNU Step (windowmaker.org) - este último muito parecido com o ambiente gráfico do sistema operacional NeXT STEP, criado por Steve Jobs quando foi demitido da Apple nos anos 80.
VIA: Terra Tecnologia
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